Formação Continuada - Memória e identidade no Ensino Religioso: Diálogo Entre Lideranças Comunitárias, Povos Indígenas e Imigrantes

Por que a Religião Está Mudando Rápido em 2025: Secularização, Migração e Conflitos de Identidade que Todo Professor e Líder Comunitário Precisa Entender
COMO AS TRANSFORMAÇÕES DO PANORAMA RELIGIOSO — SECULARIZAÇÃO, DEMOGRAFIA, MIGRAÇÕES E CONFLITO IDENTITÁRIO — RECONFIGURAM A VIDA RELIGIOSA GLOBAL
Resumo
Este artigo realiza uma revisão crítica das transformações recentes no panorama religioso, centrando-se em quatro vetores interconectados: secularização (e suas variantes contemporâneas), dinâmicas demográficas e de “religious switching”, migração religiosa e conflitos identitários (incluindo repressões estatais e instrumentalização política da religião). A partir de relatórios empíricos e literatura acadêmica (2023–2025), sintetiza-se evidência de que o declínio de práticas religiosas instituídas tem mostrado sinais de estabilização em alguns contextos, ao mesmo tempo em que mudanças geracionais e migrações redesenham mapas de afiliação religiosa. O texto discute implicações metodológicas e políticas, propondo um quadro analítico para estudar religião em sociedades polarizadas e migratórias. Conclui com sugestões de agenda de pesquisa e considerações políticas para proteção da liberdade religiosa.
Palavras-chave
secularização; migração religiosa; religious switching; liberdade religiosa; conflito identitário; demografia religiosa.
1. Introdução
As últimas pesquisas sobre religião mostram um quadro menos linear do que os modelos clássicos de secularização previam: embora em muitos contextos ocorra perda relativa de participação institucional e expansão de indivíduos sem afiliação religiosa, verificam-se simultaneamente padrões complexos de conversão, retomadas e reconfigurações locais. Além disso, os processos migratórios internacionais e regionais, bem como as intervenções e controles estatais sobre a esfera religiosa, intensificaram tensões identitárias. Compreender essas transformações exige atenção a evidências quantitativas (surveys, censos) e qualitativas (estudos de campo, políticas públicas), especialmente diante de desenvolvimentos recentes como a estabilização do declínio cristão nos EUA e políticas de controle religioso em países como a China.
2. Revisão de literatura e enquadramento teórico
2.1 Modelos clássicos e crítica contemporânea da secularização
A teoria clássica da secularização — entendida como declínio universal da religião à medida que sociedades se modernizam — foi revisada por autores que apontam trajetórias plurais: “desestabilização” em algumas regiões, persistência e transformação em outras (habitus religioso alterado, privatização da fé, espiritualidades híbridas). Estudos recentes sugerem que, ao invés de um declínio linear, observa-se uma diferenciação das formas religiosas (práticas tradicionais, espiritualidades não-instituídas, saliência identitária).
2.2 Switching religioso, geração e demografia
Pesquisas recentes do Pew Research Center mostram que a chamada “troca religiosa” (religious switching) é um fator central na recomposição religiosa contemporânea: um percentual significativo de adultos mudou sua afiliação em relação à religião de criação, afetando especialmente o cristianismo em várias regiões e contribuindo para o crescimento de não-afiliados (religious “nones”) em contextos selecionados. Essas mudanças têm forte componente geracional.
2.3 Migração e transmissão religiosa
A migração transnacional altera a composição religiosa dos países de destino e cria dinâmicas híbridas (preservação, conversão ou secularização continuada). A literatura sobre religião e migração registra tanto a reprodução de comunidades religiosas por imigrantes quanto processos de mudança decorrentes da inserção em novos contextos socioeconômicos. Handbooks e conferências recentes enfatizam a centralidade da interseção entre raça, classe e fé na experiência migrante.
2.4 Conflito identitário e controle estatal
Estudos contemporâneos e relatórios de liberdade religiosa indicam que a religião pode ser objeto de instrumentalização política (narrativas nacionalistas, políticas identitárias) e de repressão direta (limitação de comunidades religiosas, proibições sobre atividades digitais religiosas), com implicações para direitos humanos e coesão social. Relatórios governamentais e institucionais destacam países onde o aparato estatal regula ativamente o espaço religioso. Comissão de Liberdade Religiosa
3. Método
Trata-se de uma revisão bibliográfica e documental seletiva (2023–2025), combinando: (a) análise de grandes surveys e relatórios (Pew Research Center, USCIRF, relatórios governamentais e de ONGs), (b) literatura acadêmica recente (handbooks, artigos revisados por pares e atas de conferência), e (c) cobertura jornalística de mudanças políticas e regulatórias que afetam a religião (ex.: regulação do espaço religioso digital na China). A escolha das fontes privilegia representatividade geográfica e multimetodológica, com ênfase em dados empíricos recorrentes nas publicações dos últimos dois anos.
4. Resultados / Síntese de Evidências
4.1 Padrões demográficos e religious switching
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Evidência recente indica que, em alguns países como os EUA, o declínio de afiliação cristã tem desacelerado ou atingido um platô, ao passo que o número de “nones” permanece alto entre gerações mais jovens — resultado de complexa interação entre socialização familiar, migração e escolhas individuais. Esses achados emergem com destaque na Religious Landscape Study (2023–24) e análises subsequentes.
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Estudos de larga escala (Pew, 2025) sobre “religious switching” mostram que muitas das alterações na composição religiosa global se dão por mudança intergeracional e por conversões, com perdas e ganhos que variam por tradição e região.
4.2 Migração como vetor de transformação religiosa
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A migração redistribui padrões religiosos globais: imigrantes frequentemente recriam comunidades religiosas no país de acolhida, mas também há casos de dessacralização ou adoção de novas filiações. Dados sobre a composição religiosa dos migrantes ajudam a explicar mudanças locais na paisagem religiosa.
4.3 Estado, tecnologia e controle do espaço religioso
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Governos têm adotado medidas contemporâneas de regulamentação que afetam práticas religiosas, especialmente no ambiente digital. Exemplos recentes incluem proibições de monetização e operações de live-streaming religioso em plataformas chinesas, refletindo controle estatal sobre instituições religiosas que se tornam economicamente influentes ou socialmente mobilizadoras. Essas intervenções repercutem no modo como comunidades religiosas se organizam e comunicam. Financial Times
4.4 Conflitos identitários e polarização
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O uso político da religião (ou sua instrumentalização em agendas nacionalistas) tem aumentado o risco de exclusões e conflitos identitários, fazendo com que minorias religiosas e dissidentes enfrentem pressões legais e sociais. Relatórios de liberdade religiosa e análises jornalísticas sinalizam um cenário de crescente contestação sobre quem detém legitimidade moral e simbólica nas nações. Comissão de Liberdade Religiosa
5. Discussão: Interpretações e Implicações
5.1 Entre secularização e ressignificação religiosa
Os dados indicam que falar de “fim da religião” é inadequado; melhor falar de transformação: práticas, instituições e reivindicações identitárias adaptam-se (ou resistem) a modernidade globalizada. A teoria sociológica do campo religioso deve incorporar fluxos transnacionais, mediação tecnológica e o papel da generação nas trajetórias de afiliação. Teoricamente, isso corrobora abordagens que substituem modelos teleológicos por análises de pluralização e contingência. PMC
5.2 Políticas públicas e proteção de direitos
A interseção entre migração, religião e direitos humanos exige respostas institucionais: regimes de acolhimento, políticas antidiscriminação e proteção de liberdade religiosa precisam reconhecer a heterogeneidade das comunidades religiosas migrantes e o papel da religião na coesão social. Além disso, a regulação do espaço digital requer salvaguardas que conciliem prevenção de abusos e respeito à expressão religiosa. Relatórios como os da USCIRF e do Departamento de Estado mostram a urgência desta agenda.
5.3 Riscos de instrumentalização e resposta civil
Quando atores políticos instrumentalizam narrativas religiosas para fins identitários, observa-se maior polarização e potencial erosão dos espaços democráticos. A resposta exige fortalecimento do jornalismo crítico, educação cívica e monitoramento internacional das violações de liberdade religiosa. Casos de detenção de opositores e restrições regimentadas ilustram como a religião pode ser mobilizada para legitimar ações autoritárias. The Guardian
6. Conclusão e agenda de pesquisa futura
As transformações no panorama religioso em 2024–2025 ilustram uma paisagem dinâmica: nem mero declínio, nem renovação homogênea. Observa-se pluralização de trajetórias — desde plateaus demográficos até migrações que reconfiguram mapas locais —, simultaneamente a pressões regulatórias sobre o espaço religioso (incluindo o digital). Recomenda-se que futuras pesquisas adotem designs longitudinais multinacionais para captar switching intergeracional, estudos etnográficos sobre migrações religiosas e análises de políticas públicas que avaliem impactos das regulações estatais sobre liberdade religiosa.
Sugestões de agenda:
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Pesquisas longitudinais sobre religious switching entre jovens urbanos.
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Estudos comparativos sobre coesão social em comunidades receptoras com alta imigração religiosa.
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Avaliações empíricas dos efeitos de regulações digitais (e.g., proibições de monetização religiosa) sobre práticas institucionais.
7. Referências selecionadas (fontes consultadas)
Pew Research Center. Decline of Christianity in the U.S. Has Slowed, May Have Leveled Off. 26 fev. 2025. Pew Research Center
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Pew Research Center. How the Global Religious Landscape Changed From 2010 to 2020. 9 jun. 2025. Pew Research Center
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Pew Research Center. The Religious Composition of the World's Migrants. 19 ago. 2024. Pew Research Center
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USCIRF. 2025 Annual Report. 2025. (relatório sobre liberdade religiosa e políticas estatais). Comissão de Liberdade Religiosa
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Financial Times. China cracks down on use of live-streaming and AI to sell religion. (Notícias sobre regulação do espaço religioso digital). Financial Times
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Pew Research Center. Religious Switching in 36 Countries. 26 mar. 2025. Pew Research Center
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Bloomsbury. The Bloomsbury Handbook of Religion and Migration. 2024. (visão editorial sobre migração e religião). Bloomsbury
Opinião analítica
Com base nas evidências reunidas, entendo que estamos diante de uma fase em que a religião permanece socialmente relevante, mas muda suas formas e canais de expressão. Como professor, líder comunitário ou produtor de conteúdo religioso é estratégico: (a) reconhecer a diversidade de trajetórias (nem todos os jovens que se afastam da igreja tornam-se ateus; muitos permanecem espirituais), (b) adaptar a comunicação para públicos migrantes e digitais, e (c) defender princípios de liberdade religiosa enquanto se atenta aos riscos de instrumentalização. A literatura de sociologia da religião (Lukes, Lickona—e as análises empíricas do Pew) apontam que intervenções educativas e políticas públicas informadas por dados são essenciais para mitigar conflitos identitários e preservar o pluralismo.

As Seitas Mais Perigosas dos Últimos Tempos
Como humanos, tendemos a ter um fascínio por seitas e cultos, pois eles inicialmente atraem pessoas com ideais de uma comunidade utópica. No entanto, o que geralmente começa com um líder enigmático e carismático querendo unir um grupo de pessoas, muitas vezes se transforma em uma ditadura tirânica com consequências desastrosas. Muitas dessas seitas passam despercebidas por vários anos e até décadas, enquanto outras estão no centro da atenção da mídia e continuam a exercer influência sobre milhões de pessoas.
O mundo tem uma longa história de cultos aterrorizantes e horríveis que levaram as coisas "longe demais" - e continuam a nos chocar até hoje. Veja alguns deles:
A comuna foi fundada na Califórnia na década de 1960. Liderado por Charles Manson, o grupo acabou sendo responsável pelos assassinatos e agressões de várias pessoas.
Manson e seus seguidores eram aparentemente inspirados pela música dos Beatles, o que desencadeou seu plano de iniciar uma guerra racial e se preparar para um apocalipse iminente.
Também conhecido como Instituto para a Investigação da Felicidade Humana, o culto japonês foi fundado em 1986 por Ryuho Okawa, que realmente acredita que ele é a personificação humana de um ser supremo.
A seita é basicamente uma mistura de religiões mundiais, New Age hokum e nacionalismo de extrema direita. Ryuho Okawa chegou a fundar uma ala política, o "Partido da Realização da Felicidade".
As crenças mais duras do partido incluem negar que certas atrocidades históricas ocorreram e defender que o Japão entre em guerra com a China e a Coreia do Norte. Eles afirmam ter 12 milhões de seguidores em todo o mundo.
Fundado em 1955 por Jim Jones, o Templo do Povo dos Discípulos de Cristo ganhou seguidores ao se promover como um movimento religioso ligado ao Cristianismo.
A igreja foi fundada por Fred Phelps em Topeka, Kansas, EUA, e é conhecida por crenças extremistas e protestos provocativos que visam caluniar e desrespeitar os outros.
Eles viajam pelo país fazendo manifestações em funerais militares e realizando protestos contra homossexuais. Amplamente conhecida como um grupo de ódio, a igreja acredita que Deus odeia homossexuais, políticos, soldados e outras organizações religiosas.
O grupo começou em 1972 no Tennessee, EUA, como um desdobramento de um grupo de oração adolescente que se separou de sua igreja presbiteriana. Desde então, eles ganharam presença internacional.
Entre as coisas que ensina, a seita Doze Tribos afirma que os judeus foram responsáveis pela morte de Jesus Cristo. Essa seita foi acusada de explorar seus filhos para trabalho escravo e de sonegação de impostos.
Anteriormente conhecida como United Nuwaubian Nation of Moors, essa seita gira em torno do líder Dwight York, que convenceu as pessoas de que alienígenas estavam chegando e que os humanos deveriam se preparar para uma batalha contra Satanás.
Possivelmente um dos cultos mais malucos de todos os tempos, a Church of God with Signs Following (Igreja de Deus com Seguintes Sinais, em tradução livre) também é conhecida como "manipuladora de cobras".
Eles acreditam que as cobras são uma manifestação de demônios, então eles pegam os animais e os deixam deslizar por todo o corpo como uma demonstração de sua fé.
O Perigo do Fanatismo Religioso:
Quando a Religião é Usada para o Mal
Resumo
Introdução
Fanatismo Religioso: Conceito e Características
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Dogmatismo intransigente: incapacidade de dialogar com outras visões de mundo.
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Demonização do outro: o diferente é visto como inimigo ou herege.
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Obediência cega a líderes religiosos: frequentemente associada a seitas e movimentos totalitários.
Religião Usada para o Mal: Exemplos Históricos e Contemporâneos
A Religião e a Ética da Alteridade
Discussão
Conclusão
Referências
Atividades Pedagógicas
10 atividades pedagógicas e lúdicas sobre o tema “O perigo do fanatismo religioso e quando a religião é usada para o mal”, adaptadas para o Ensino Fundamental e em conformidade com o Artigo 33 da LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que garante que o ensino religioso deve ser de caráter não confessional, respeitando a diversidade cultural religiosa e vedando qualquer forma de proselitismo.
As atividades serão voltadas à reflexão ética, respeito à diversidade, convivência pacífica e senso crítico.
Atividades Pedagógicas e Lúdicas:
1. Roda de Conversa: O que é Respeito?
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Objetivo: Identificar a importância do respeito às diferenças religiosas.
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Atividade: Sentados em círculo, cada aluno compartilha uma situação em que precisou respeitar alguém diferente. O professor conduz para mostrar como isso se aplica também à religião.
2. História em Quadrinhos Coletiva
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Objetivo: Refletir sobre o uso positivo e negativo da religião.
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Atividade: A turma cria uma HQ em grupos: em uma parte, a religião é usada para ajudar; na outra, é usada para excluir. Depois discutem as diferenças.
3. Jogo da Empatia
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Objetivo: Desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro.
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Atividade: Em cartões, o professor escreve situações (ex.: “Um colega não comemora a mesma festa que você”). Os alunos sorteiam e explicam como reagiriam de forma respeitosa.
4. Dinâmica do Balão do Fanatismo
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Objetivo: Mostrar como o fanatismo “estoura” relações sociais.
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Atividade: Cada grupo enche um balão escrevendo dentro dele atitudes de intolerância (ex.: “não aceitar o diferente”). O professor estoura os balões e conversa: o que acontece quando o fanatismo cresce demais?
5. Linha do Tempo da Paz e da Intolerância
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Objetivo: Compreender que a religião pode ser usada para o bem ou para o mal na história.
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Atividade: Construção coletiva de uma linha do tempo em cartaz com exemplos de momentos de paz (ações solidárias) e de intolerância religiosa (guerras, perseguições).
6. Teatro das Diferenças
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Objetivo: Refletir sobre situações de intolerância.
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Atividade: Em grupos, os alunos encenam pequenas histórias: uma mostrando atitudes intolerantes e outra mostrando a mesma situação resolvida com respeito.
7. Mural da Diversidade Religiosa
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Objetivo: Valorizar a pluralidade de crenças.
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Atividade: Cada aluno traz imagens ou símbolos de diferentes religiões e formas de espiritualidade (sempre sem proselitismo). Montam juntos um mural colorido intitulado “Somos Diferentes, mas Andamos Juntos”.
8. Jogo da Memória Ética
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Objetivo: Associar atitudes ao respeito religioso.
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Atividade: Cartas com pares: de um lado, atitudes negativas (ex.: zombar da fé alheia); do outro, atitudes corretas (respeitar, dialogar). Os alunos jogam em duplas.
9. Oficina de Palavras da Paz
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Objetivo: Criar consciência sobre linguagem e convivência.
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Atividade: Em cartolinas, cada grupo cria nuvens de palavras com expressões que promovem paz, diálogo e respeito. Depois, fixam na sala como lembrete coletivo.
10. Debate Regrado: Fanatismo X Respeito
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Objetivo: Exercitar argumentação e pensamento crítico.
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Atividade: A turma se divide em dois grupos: um expõe exemplos de fanatismo e outro apresenta alternativas baseadas no respeito e diálogo. O professor media garantindo clima de cooperação.
Observação Metodológica
Todas as atividades:
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Devem respeitar o Art. 33 da LDBEN: caráter não confessional, sem privilegiar uma religião específica.
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Focam em valores universais: respeito, alteridade, convivência pacífica e pensamento crítico.
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Podem ser adaptadas de acordo com a faixa etária (do 6º ao 9º ano).

Mentiras Mais Comuns Sobre Religiões Que Todo Mundo Já Acreditou
Ao contrário dos cristãos, os judeus não acreditam que Jesus seja o Messias. Em vez disso, eles acreditam que o Messias virá da linhagem davídica, a linha familiar do Rei Davi, e governará o povo judeu.
Na verdade, os judeus seguem os ensinamentos do Talmud e Tanakh, que são compostos pela Torá, Nevi'im e K'tuvim. O Antigo Testamento é composto apenas de partes desses livros.
Embora haja uma frase em 'Levítico' (19:28) que se opõe às tatuagens, nem todos aderem às proibições e muitos judeus têm artes corporais.
Os judeus não acreditam no in-ferno. Em vez disso, alguns acreditam no Gehinnom, onde a alma é purificada por até 12 meses, antes de ser aceita no céu. No entanto, não é um lugar para punição. O céu também é muito diferente, pois não há um conceito estrutural como em outras religiões.
O Shabat cai entre o pôr do sol na sexta-feira e uma hora após o pôr do sol no sábado. Durante esse período, um judeu não deve fazer nenhum tipo de trabalho. No entanto, esta prática não é seguida por todos. Afinal, muitos judeus precisam trabalhar, independentemente do dia da semana.
Comer carne de porco é proibido apenas para os judeus que mantêm o kosher, que é uma escolha que nem todos os judeus fazem. Por exemplo, em Israel, apenas aproximadamente 36% dos judeus seculares mantêm o kosher.
Reencarnação significa renascer no mundo material e mortal. Esse ciclo constante de esforço insatisfatório e vida e morte é chamado samsara. A fuga disso é o nirvana. E os budistas não sabem o que acontece depois que a consciência "escapa".
Na verdade, o Budismo tem muitos seres celestiais, devas, e seres espirituais avançados, bodhisattvas, que respondem às orações dos devotos.
Muitos acreditam que uma guerra nunca foi travada em nome do Budismo. No entanto, houve muitas batalhas entre budistas e até mesmo contra não-budistas. Por exemplo, os budistas tibetanos lutaram bravamente contra as forças britânicas que invadiram o Tibete em 1904.
A maioria das práticas budistas ao longo da história tem sido focada em um bom renascimento na próxima vida, para todos os seres do universo. Embora o Budismo tenha muitas escolas filosóficas, ainda é uma religião.
A meditação é frequentemente identificada como a prática central do Budismo. No entanto, a maioria dos budistas ao longo da história não meditou. Tradicionalmente considerada uma prática monástica, foi apenas no século XX que a meditação se estendeu aos leigos.
Originalmente, monges e monjas budistas pediam esmolas por sua refeição diária e, portanto, deveriam comer tudo o que lhes fosse oferecido, incluindo carne. Embora o vegetarianismo tenha sido promovido por alguns textos budistas, nem todos são vegetarianos.
O Ramadã é um mês em que os muçulmanos participam de várias atividades religiosas e de caridade, sendo a mais importante o jejum do nascer ao pôr do sol. Mas isso não significa que não comam ou bebam durante todo o mês. A abstinência de comida e bebida ocorre apenas durante o dia, que geralmente termina com uma grande festa ao pôr do sol.
Embora muitos dos países que permitem a poligamia tenham maioria muçulmana, a prática é realmente rara e muitas vezes menosprezada. Muitos muçulmanos até a consideram uma tradição ultrapassada.
Muitos países em todo o mundo, incluindo os islâmicos, têm culturas patriarcais, muitas vezes construídas socialmente. O Islamismo como religião, por outro lado, na verdade prega a igualdade dos gêneros.
Isso está muito longe da verdade. Dos 1,6 bilhão de muçulmanos que vivem em todo o mundo, mais de 60% deles são do sul e sudeste da Ásia. A Indonésia é o país muçulmano mais populoso. Além disso, nem todos os árabes são muçulmanos.
Muitas pessoas acreditam que Alá é uma divindade islâmica específica, mas na realidade apenas significa Deus em árabe. Os árabes cristãos até usam a palavra Alá quando se referem ou rezam a Deus. E como o Islamismo é uma religião abraâmica, os muçulmanos acreditam no mesmo Deus que cristãos e judeus.
Como na maioria das religiões, existem muitas variações do Islamismo. Os dois ramos principais são os sunitas e os xiitas, mas também existem milhares de subgrupos com doutrinas diferentes.
Os hindus não rezam para as vacas, mas consideram sagrada toda a criação e toda a vida. As vacas são especialmente sagradas, pois são vistas como figuras gentis e maternais que fornecem leite. É por isso que os hindus se abstêm de comer carne bovina.
Esse ponto vermelho é na verdade um bindi e, de fato, já foi um símbolo de casamento para as mulheres hindus. Mas hoje é em grande parte decorativo.
No Hinduísmo, existe apenas um Deus supremo que não pode ser totalmente conhecido ou compreendido. No entanto, os hindus são encorajados a se relacionar com Deus da maneira que melhor lhes convier. Mas acredita-se que adorar divindades, por exemplo, é uma manifestação de Deus.
Na realidade, a maioria dos hindus come carne. Apenas cerca de 30% é vegetariano. Isso decorre de uma crença fundamental em ahimsa, o princípio da não-violência.
Embora o Hinduísmo seja rico em escrituras com uma vasta coleção de escritos religiosos antigos, ele não possui um livro central e absolutista.
A discriminação de casta não está enraizada na religião, mas na cultura. Uma hierarquia social transmitida pelas famílias. Muitos hindus modernos argumentam que a discriminação baseada em castas não é intrínseca ao Hinduísmo. Portanto, não deve ser pensado como algo sancionado religiosamente.
Embora a maioria dos cristãos celebre o dia 25 de dezembro como o aniversário de Jesus, a data real não é declarada nos evangelhos ou em qualquer outra fonte histórica.
O Cristianismo é, muitas vezes, estereotipado como sendo contra a ciência, mas, na realidade, muitos cristãos abraçam a ciência e suas descobertas. De fato, alguns cristãos até aceitam certas crenças científicas juntamente com sua fé, como o ambientalismo e a evolução.
Católicos, protestantes, cristãos ortodoxos... Na verdade os cristãos estão divididos em centenas de denominações, milhares de igrejas e comunidades. Portanto, além da crença de que Jesus é divino, conformidade e uniformidade são incomuns.
A Bíblia é, na verdade, uma coleção de muitos livros que foram escritos por vários autores, em sua maioria desconhecidos.
Um equívoco comum é que os cristãos não podem se divertir. Claro, eles podem ter que ficar longe de coisas pecaminosas, mas diversão e pecado nem sempre são sinônimos.
Enquanto a maioria das denominações cristãs realiza cultos religiosos aos domingos, várias tradições também realizam cultos noturnos no meio da semana, a exemplo das quartas-feiras.
