ATENÇÃO PROFESSORES (AS) QUE LECIONAM A DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO:

Se você realizou alguma Atividade Pedagógica ou Projeto de Trabalho nas suas aulas de Ensino Religioso e gostaria de publicar aqui neste blog, envie-nos um relatório descritivo do passo a passo do que foi feito e anexe fotos e vídeos curtos de até um minuto. Não esqueça de identificar-se e autorizar por escrito a publicação, bem como identificar a sua escola no cabeçalho do seu relatório. Também é importante que você obtenha uma autorização escrita dos pais ou dos responsáveis legais dos (as) estudantes para a divulgação de voz e imagem. Envie para: jorgeschemes@yahoo.com.br - Cordialmente, Jorge Schemes – Editor do Blog.

Filipinos e chilenos são os que mais acreditam em Deus


Filipinos e chilenos são as pessoas mais religiosas do mundo, com os escandinavos e moradores dos antigos países do bloco comunista europeu na outra ponta, afirma um estudo americano divulgado nesta quarta-feira dia 18/04/2012.
A pesquisa também destaca que quanto mais idosa, mais a pessoa acredita em Deus.
Os países onde as pessoas mais acreditam em Deus geralmente são os de forte presença católica, especialmente as nações em desenvolvimento. Além destes, aparecem Estados Unidos, Israel e Chipre, segundo o estudo do instituto NORC, da Universidade de Chicago.
A pesquisa foi baseada em estudos internacionais realizados em 30 países em 1991, 1998 e 2008.
O resultado mostra que 94% dos filipinos "sempre" foram fiéis, seguidos pelos chilenos (88%) e americanos (81%). Nas últimas posições aparecem os alemães da antiga Alemanha Oriental (13%) e os tchecos (20%).
Segundo o estudo, os países mais ateus são os escandinavos e os que integravam o antigo bloco comunista do leste europeu (com exceção da Polônia), com as taxas mais fortes de ateus entre os moradores da antiga Alemanha Oriental (59%).
A crença em Deus caiu em todas as partes, com exceção de Rússia, Eslovênia e Israel.
O estudo mostra ainda que a fé é maior entre as pessoas mais velhas. Na média, 43% das pessoas com 68 anos ou mais têm a certeza de que Deus existe, contra 23% do grupo de 27 anos ou menos.
"As maiores mudanças acontecem a partir dos 58 anos. Isto sugere que a fé aumenta com a proximidade da morte", disse o coordenador do estudo, Tom W. Smith.[Fonte: Yahoo.Notícias]

O Rosto Como Revelação do Humano no Ser e Como Encarnação da Ética da Alteridade

Estado americano aprova ensino do criacionismo nas escolas


Uma lei que permitirá aos professores de escolas públicas questionarem o consenso científico em questões como aquecimento global e teoria da evolução entrará em vigor em breve no estado americano do Tennessee, no sul. O governador Bill Haslam permitiu que o projeto de lei - aprovado pela Câmara estadual e pelo Senado - se torne lei sem sancioná-la, afirmando não acreditar que a legislação "mude os padrões científicos que são ensinados em nossas escolas".
"No entanto, eu também não acredito que traga algo que não seja aceitável em nossas escolas", afirmou o governador, em um comunicado. A medida permite a professores "ajudar estudantes a compreender, analisar, criticar e revisar de forma objetiva os potenciais e fragilidades científicas das teorias existentes abordadas na disciplina ensinada". Também diz que a legislação "não deve ser construída para promover qualquer doutrina religiosa ou não religiosa".
Nos últimos dias, o governador recebeu uma petição assinada por mais de 3 mil pessoas pedindo que vetasse o projeto, mas seus partidários conservadores tinham apoio suficiente para sobrepujar o veto com uma maioria simples. "Uma boa legislação deve trazer clareza e não confusão. Minha preocupação é que este projeto não tenha alcançado este objetivo", afirmou Haslam. "Por esta razão, eu não assinarei o projeto, mas permitirei que se torne lei sem a minha assinatura", acrescentou.
Os críticos rotularam a lei de "Projeto de lei do macaco" (Scopes Monkey Trial, em inglês), em alusão ao amplamente divulgado "Julgamento do Macaco", ocorrido em 1925, em que o estado do Tennessee acusou o professor de nível médio John Scopes de violar uma lei estadual que proibia o ensino "de que o homem descendeu de uma ordem animal menor".
A Associação de Professores de Ciências do Tennessee e a seção estadual da União Americana de Liberdades Civis (ACLU, em inglês) são os maiores críticos da medida e afirmam que ela dará amparo legal para que os educadores ensinem ideias pseudocientíficas. "Eles não falam tanto sobre criacionismo, mas sobre Desenho Inteligente", disse no começo da semana Hedy Weinberg, diretor executivo do braço estadual da ACLU.
"É uma forma muito inteligente e sutil de desafiar a teoria da evolução e permitir que os professores introduzam o Desenho Inteligente e o neocriacionismo", acrescentou. O Desenho Inteligente defende a ideia de que a evidência científica pode demonstrar que formas de vida se desenvolveram sob o direcionamento de uma inteligência superior.
O Discovery Institute, cujo modelo jurídico inspirou o projeto de lei, o enalteceu como "protetor da liberdade acadêmica de professores de ciência para que possam discutir de forma abrangente e objetiva tópicos científicos controversos, como a evolução". Radicado em Seattle, o grupo apoia o ensino de alternativas à evolução em escolas públicas, bem como a pesquisa sobre o Desenho Inteligente.
A última controvérsia é parte de uma longa batalha entre os defensores de um ensino público secular e cristãos conservadores, que acusam as autoridades de atacarem sua liberdade ao manter a religião fora da esfera pública.
Em dezembro de 2010, uma pesquisa do instituto Gallup apontou que quatro em dez americanos acreditam que Deus criou os homens em sua forma atual cerca de 10 mil anos atrás. Mas evidências científicas demonstram que os humanos evoluíram de ancestrais símios ao longo de um período de cerca de seis milhões de anos.
Em 1968, com base na separação entre Estado e Igreja, a Suprema Corte considerou inconstitucional banir o ensino da Teoria da Evolução.[Fonte: terra]

SP: secretaria afasta diretora de escola que obrigava alunos a rezar


Os alunos da Escola Estadual Gertrudes Eder, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, já se acostumaram, desde o ano passado, a rezar o pai-nosso todos os dias, antes das aulas, na quadra da escola. A regra vale para os turnos da manhã e da tarde. Funcionários da instituição dizem não haver obrigação: é possível ficar em silêncio na hora do pai-nosso. Mas o fato é que todos os alunos têm que ouvir a oração. As informações são do jornalFolha de S. Paulo.
O estudante do nono ano da escola, Guilherme Marçal, 13 anos, se declara ateu e declarou se sentir constrangido com o olhar de reprovação dos colegas e professores diante do seu silêncio. "Antes, rezava porque tinha vergonha de ficar quieto. Agora não tenho rezado mais", disse. A família do jovem chegou a reclamar à escola, que respondeu dizendo que a maioria concordou "democraticamente". A iniciativa da reza é da diretora Rosa Machado, que, indagada, orientou a reportagem a falar com a Secretaria de Estado da Educação. Procurada pela reportagem do jornal nesta quinta-feira, a secretaria informou que proibiu a prática do pai-nosso e decidiu afastar a diretora "preventivamente" para apurar o fato, já que obrigar alguém a rezar em escola pública é inconstitucional.[Fonte: Terra]

Obrigação ou problema? Brasil debate a religião na escola pública


A constitucionalidade da prática do ensino religioso em escolas públicas será analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em breve. Fora dos tribunais, partidários defendem pontos de vistas opostos enquanto aguardam pela decisão da Justiça. De um lado, estão os que vêem na disciplina uma porta para ensinamentos sobre respeito a amor ao próximo. De outro, aqueles que enxergam a matéria como uma oportunidade para imposição de valores apenas de determinados grupos.
Para Roseli Fischmann, por exemplo, "as escolas públicas devem servir a todo cidadão e contribuir para formar um princípio de cidadania que não beneficie nenhum grupo em particular". Professora da pós-graduação em Educação da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do programa de pós-graduação em Educação da Universidade Metodista de São Paulo, ela questiona a constitucionalidade do ensino religioso, o que considera "uma prática muito grave".
Na outra ponta da corda está o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), autor de projeto de lei que propõe a matéria como obrigatória, mas que prevê a preservação do caráter facultativo da matrícula pelo aluno. A proposta está tramitando na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e obteve voto favorável do relator, o deputado Pedro Uczai (PT-SC).
"Embora nosso País seja laico, quer dizer, não tenha uma religião oficial, a constituição foi promulgada em nome de Deus. Ou seja, o País não tem uma religião oficial, mas não é um País ateu. Acredita-se em uma força superior cujo nome é Deus. Então, é possível darmos a nossos filhos pelo menos o pontapé inicial para que a alma deles se desenvolva com os grandes ensinamentos: respeitar pai e mãe, não cobiçar a mulher do próximo, não roubar, não matar", defende Feliciano.
Feliciano considera, contudo, que seu projeto não incentiva a doutrinação. Para ele, trabalhar com a conversão dentro de uma escola seria inconstitucional. Porém, o pastor indica a importância de transmitir ensinamentos como a fé e a existência de um criador. "Se o ensino religioso continuar facultativo, vai seguir insosso e insípido como é hoje. Existe preconceito dos professores e dos alunos", argumenta. O impacto da oferta do ensino nas escolas públicas também poderia ser detectado na redução da violência, prevê o deputado.
O caráter facultativo que está previsto na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação e, também, no acordo entre o governo brasileiro e a Santa Sé - legislações que regulamentam o ensino religioso no País - é questionado pela professora Roseli, principalmente porque a disciplina compõe o currículo do ensino fundamental, que agrega crianças entre 6 e 14 anos.
"Elas são vulneráveis, nem têm como se defender ou como debater seu ponto de vista", salienta. No estado de São Paulo, por exemplo, as aulas de ensino religioso do 1º ao 5º ano do ensino fundamental nas escolas públicas são ministradas de forma transversal, ou seja, o conteúdo é distribuído nas demais disciplinas. Esse método impede que as famílias façam valer o direito de quererem ou não que os seus filhos se matriculem na disciplina. "O professor não vai falar 'agora é religião, quem não quer ouvir saia'. Mesmo que diga, os alunos podem sofrer discriminação dos colegas, até algum tipo de cobrança", opina a professora.
Oração antes da aula 
No Colégio Estadual Santa Cândida, em Curitiba, no Paraná, o ensino religioso faz parte da grade de disciplinas para os alunos do 6º e do 7º ano do ensino fundamental. A secretária-geral e pedagoga da escola, irmã Regina Mika, garante que a escola não privilegia uma única religião, mas procura oferecer conhecimento sobre diversos tipos de crença. Segundo ela, apesar de ser uma disciplina facultativa, todos os alunos participam, sem qualquer registro de reclamação dos pais. A pedagoga conta que, antes do início de cada turno de aula, é feita uma oração "pedindo a benção de Deus para o dia de trabalho", que é transmitida a todas as turmas por meio da rádio do colégio. "Mas é mais como uma mensagem", ressalva.

Existem escolas que defendem a existência de ensino religioso, mas oferecido como alternativa à transmissão de valores éticos, ou ainda trabalhando a história das religiões em sala de aula. É o que ocorre em algumas escolas particulares, como o Colégio ICJ, em Belo Horizonte (MG). No currículo, é oferecida a disciplina de Formação Humana. O ensino é "independente de qualquer religião", explica a professora Durce Alves, que cita sexualidade, atualidades e voluntariado como alguns dos temas desenvolvidos em aula.
A professora Roseli Fischmann encara a opção com ressalvas. Para ela, o ensino da história também apresenta diferenças, e seria necessário avaliar se o conteúdo está sendo transmitido de forma adequada. "É muito fácil que o estudo da história das religiões se transforme em uma doutrinação e numa comparação imprópria", justifica. O ensino inter-religioso pode gerar conflitos entre o que é trabalhado no ambiente escolar e o que os pais pretendem transmitir ao filho sobre religiosidade. "Mesmo que a escola faça uma escolha por interconfessionalidade, uma composição dessas religiões, quem garante que isso é do interesse da fé dos pais? Quem garante que isso não vai gerar discriminação?", indaga.
O papel do professor 
A crença do professor é outra questão levantada pela professora Roseli Fischmann. Afinal, falar sobre diversas religiões e propor atividades nesse sentido em sala de aula pode violar o direito do educador de ter sua própria fé, entende Roseli. Ela reforça que a crença pertence ao foro íntimo, à consciência de cada um. "Ninguém pode ser obrigado a falar alguma coisa diferente daquilo que crê", diz.

Por outro lado, essa fé também poderia condicionar a visão e o discurso do professor que se propõe a conduzir uma aula de ensino religioso. Para o deputado, o tema seria solucionado com a capacitação de pessoal. Em um dos pareceres da Comissão de Educação e Justiça da Câmara dos Deputados, o relator Pedro Uczai inseriu no PL 309/11 um parágrafo que prevê a criação, pelo Ministério da Educação (MEC), de diretrizes curriculares nacionais para o curso de Licenciatura Plena em Ensino Religioso, único que estaria credenciado para habilitar professores dessa disciplina, desconsiderando Teologia, Filosofia e outras áreas de conhecimento das humanas.
Para a professora Roseli Fischmann, a crença religiosa não é incompatível com uma educação autônoma em relação a valores e ética. Mas ela ressalta: "Não é dizer 'não faz isso porque Deus não gosta'. A criança deve ser educada para ter consciência e ser responsável por seus atos".
O tema deve ser analisado pelo STF a partir de uma ação movida por cinco organizações educacionais e de direitos humanos em março deste ano, que exige que seja assegurado o ensino religioso não confessional (sem vinculação com igreja ou religião específica). Um dos pontos contestados é a classificação do ensino como "parte integrante da formação básica do cidadão" (art. 33 da Lei de Diretrizes Básicas).[Fonte: Terra]

Bullying religioso cresce nas escolas do País, diz líder ateu


O presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), Daniel Sottomaior, denuncia que os casos de bullying religiosos dentro de instituições de ensino estão cada vez mais comuns "e acontecem todos os dias nas escolas do País". "Na maioria das vezes somos procurados por jovens que sofrem preconceito em sala de aula e não sabem como agir. Passamos orientações e alguns embasamentos. Infelizmente, os próprios educadores não estão cientes das leis e acabam discriminando esses estudantes", disse.
O caso mais recente e que tomou repercussão nacional na última semana foi o do estudante Ciel Vieira, 17 anos, aluno da Escola Estadual Santo Antônio, que fica na cidade de Miraí, região da Zona da Mata de Minas Gerais. Em vídeos postados no Youtube, ele relatou ter sido discriminado por professores e colegas pelo fato de não acreditar em Deus. O Terra conversou com Ciel e a mãe dele, Márcia Cristina Vieira.
"Tudo teve início quando uma professora de geografia disse que faria orações antes de começar suas aulas. Eu, por ser ateu, ficava em silêncio e ela começou a notar e disse que 'quem não tem Deus no coração, não será nada na vida.' Eu achei um absurdo o que ela falou, mas fiquei na minha. Depois, procurei a Atea para relatar o que havia acontecido. Então, eles me enviaram parte da Constituição que fala que o Estado é laico e ela não poderia pregar em instituição pública. Mostrei a ela, que disse desconhecer esta lei, e resolvi fazer o vídeo como forma de protesto", disse Ciel.
"Quando somos procurados, tentamos orientar e nos colocar a disposição para dar outros tipos de andamentos, como por exemplo entrar com ação no Ministério Público, se for da vontade da pessoa", afirmou Sottomaior. Ciel postou dois vídeos na internet nas duas últimas semanas. No primeiro, relatou, com uma gravação feita por ele dentro de sala de aula, que durante a oração do pai-nosso, os colegas o hostilizaram dizendo: "mas livrai-nos do Ciel. Amém".
"Sou kardecista e há dois anos, depois de muito estudar, ele resolveu ser ateu. Não vejo nada de errado. Cada um tem suas opiniões e essas precisam ser respeitadas. Fiquei muito triste com a situação porque colegas começaram a dizer que ele tinha parte com o demônio. Ele é um garoto que sempre foi muito respeitoso e íntegro e fiquei chateada pelo ocorrido", afirmou a mãe dele, Márcia Cristina.
Terra tentou várias vezes contato com a direção da escola, que não quis se pronunciar sobre o caso. A professora citada por Ciel não foi localizada. A Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) informou que ainda apura o que aconteceu para tomar medidas.
A mãe do estudante esteve na escola na última sexta-feira para conversar com a direção sobre o ocorrido. "Ele (o diretor) disse que ia mudar a professora de horário, porque ela só faz orações no primeiro período. Mesmo assim, falei que ele poderia rever alguns conceitos. Eles se mantiveram um pouco irredutíveis quanto às orações, talvez por desconhecerem a lei. Acho que poderiam falar sobre bulliyng de uma maneira mais esclarecedora aos estudantes e não da forma como foi", relatou ela.
Em 2009 outro caso parecido ganhou repercussão em Minas Gerais. Foi na cidade de Aimorés, no Vale do Rio Doce. Um estudante teria sido retirado de sala de aula por não querer tirar o boné durante uma oração. O estudante, de 17 anos, foi levado até a sala da direção e gravou o momento em que conversava com uma mulher, que seria vice-diretora. Ela exigia que não usasse o acessório no momento das orações.[Fonte: Terra]